primeira rodada é não vinculante; Netflix, Comcast e Paramount analisam propostas enquanto cresce a pressão antitruste.
A venda da Warner Bros. Discovery entrou em fase decisiva. O estúdio fixou 20 de novembro como prazo para a primeira rodada de ofertas não vinculantes. Entre os interessados estão Netflix, Comcast e Paramount Skydance, em cenários que vão de aquisição total a compra por partes. A direção mantém a opção de seguir com separação de ativos caso as propostas não atendam às metas.
O que está na mesa agora
O processo é clássico de M&A: envio de lances iniciais, triagem, acesso a data room e segunda rodada com valores e estruturas refinadas. O pacote pode envolver estúdios, TV paga, esportes e streaming em combinações diferentes. No front político, um deputado republicano questiona publicamente a hipótese de Netflix combinar streaming e produção da WBD, alegando riscos à concorrência — um lembrete de que a aprovação regulatória será parte do jogo.
Para o público, nada muda de imediato. Séries e filmes seguem no ar enquanto o processo evolui. Em paralelo, executivos trabalham em sinergias e opções de carve-out já testadas no mercado, o que tende a reduzir atritos se houver fatiamento.
Contexto e próximos passos
Após anos de reestruturação e dívidas altas, a WBD vinha avaliando alternativas estratégicas — inclusive dividir operações de streaming/estúdios e redes lineares. A janela entre a primeira e a segunda rodada costuma ser curta. Se houver avanço, ouviremos sobre listas finais de compradores, ajustes de governança e eventuais compromissos para mitigar antitruste. O cronograma real depende da qualidade dos lances e do humor regulatório em Washington.
Por que importa
O resultado pode reordenar o topo de Hollywood, afetando catálogos, janelas e esportes.
Qualquer movimento da Netflix no ativo reacende o debate antitruste no streaming.
A WBD pode optar por venda total ou fatiamento, com impactos distintos em canais, DC e HBO.

